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Entrevista ao SINDESP

Entrevista ao SINDESP

Veja a seguir a entrevista concedida ao SINDESP sobre Inovação!

Com satisfação contribui para a revista do SINDESP – Sindicato das Empresas de Segurança Privada de Minas Gerais abordando a Gestão da Inovação no Brasil e oportunidades de negócios e inovação.

A íntegra pode ser visualizada no site da organização https://www.sindesp-mg.com.br/ na revista eletrônica do mês de novembro / 2019 – https://www.sindesp-mg.com.br/3d-flip-book/edicao-28/ ).



Veja o texto na íntegra a seguir:

Inovação: muito além de uma “ideia diferente”
Especialista no assunto, Adriano Clary faz uma análise do
mercado empresarial mineiro e destaca seus principais desafios
em relação à tecnologia.

Vivemos na era do imediatismo digital. As informações se propagam rapidamente e impactam a vida das pessoas como um todo. Diante disso, para se adequar às necessidades exigidas pela sociedade, é preciso inovar. Nos negócios, por exemplo, tais mudanças impactam nos padrões operacionais, na tecnologia e na organização do trabalho dentro das empresas.

De acordo com Adriano Clary, especialista nas áreas de Gestão da Inovação, Transformação Digital e Marketing Estratégico, há um anseio por buscar maneiras de “fazer diferente” para aproveitar todas as oportunidades que o mundo digital oferece. “A Inovação Corporativa, quando bem implementada, fornece as bases conceituais e as ferramentas para o desenvolvimento de produtos, serviços e modelos de negócio distintos dos atuais”, revela. Clary se especializou em Marketing e Gestão de Empresas pelo INSEAD, em Paris, e pelo ICHEC, em Bruxelas. Hoje, atua como professor e consultor nas áreas de Gestão da Inovação, Transformação Digital e Marketing Estratégico, buscando apoiar empresas e seus colaboradores na prática sistemática da inovação, visando à entrega de valor superior ao mercado e a seus clientes. Em conversa com a revista EM AÇÃO, o especialista fala sua visão sobre o segmento empresarial brasileiro e as expectativas para os próximos anos.

Em Ação – Qual o maior desafio encontrado pelas empresas no que diz respeito ao

posicionamento de marca?

Adriano Clary – As empresas enfrentam, hoje, um dilema quando consideramos o posicionamento

de marca. Se excluirmos aquelas que já nasceram digitais (ou as startups), todo negócio consolidado

na velha economia precisa se reposicionar. Se uma empresa adota um posicionamento corporativo

“clássico” sem se atrelar às novas tendências tecnológicas, à economia compartilhada ou às plataformas digitais, pode passar uma mensagem de retrógrada ou lenta. Por outro lado, a mudança brusca e excessiva na tentativa de elevar seus padrões tecnológicos e demonstrar velocidade à adaptação pode descaracterizar uma marca vencedora e gerar perda de empatia com seu público e do próprio legado empresarial.

Em Ação – Esse desafio é uma característica comum em todos os segmentos? Até em um tão tradicional como o da segurança privada?

Adriano Clary – Sem dúvida, todos os segmentos e setores passaram por dilemas similares a este. No caso da segurança privada, as oportunidades de novos produtos tecnológicos e serviços são muitas, mas empresas consolidadas e tradicionais devem avaliar a extensão e o momento mais adequado para tais transformações e posicionamento de marca.

Em Ação – Qual é a análise que o senhor faz sobre o meio empresarial mineiro com relação ao investimento das empresas em inovação?

Adriano Clary – Temos observado que muitas oportunidades não saem do papel por certa falta de apetite ao risco ou pelo imediatismo na busca por resultados satisfatórios. E não se fala em inovação sem apetite ao risco, tolerância ao erro e visão de longo prazo. Às vezes algumas empresas optam por uma solução “milagrosa” e imediatista que não oferece resultados satisfatórios, pois não foi bem discutida e alinhada ao mercado e às particularidades da empresa.

Em Ação – Quais as expectativas de investimentos em inovação para os próximos anos entre as empresas brasileiras?

Adriano Clary – Mesmo com toda a popularização de tecnologias propulsoras da transformação digital e de técnicas para a gestão da inovação, vemos que o Brasil, infelizmente, ainda investe pouco com este foco, o que afeta nossa produtividade e diminui a competitividade de nossos produtos em nível mundial. Segundo estudo da Federação Internacional de Robótica (FIR), que abrangeu 44 países, o Brasil ocupa a modesta 39ª posição no ranking dos países que mais utilizam a tecnologia. O investimento público em P&D (pesquisa e desenvolvimento) também é baixo e vem caindo ao longo dos anos quando comparado a outros países em processo de desenvolvimento.

Em Ação – O mundo digital é um aliado para inovar na área da segurança privada? Se sim, de que maneira isso deve ser feito?

Adriano Clary – Vejo inúmeras oportunidades para o setor de segurança privada. A implantação de sistemas avançados de monitoramento baseados em imagens de alta qualidade e transmitidas por redes cada vez mais rápidas pode dar respostas ágeis aos profissionais e às empresas. A evolução dos serviços e as aplicações baseadas em geolocalização avançada e em tempo real abrem inúmeras possibilidades de otimização dos serviços de rastreamento pessoal. A internet das coisas (IOT) possibilita a criação de “produtos inteligentes” para uso individual ou para instalação em propriedades monitoradas. Com sensores, transmissão de dados e algoritmos de apoio à decisão, as empresas do setor podem obter mais dados e de maneira mais veloz, inteligente e segura. Outras aplicações que estão literalmente à nossa porta são o reconhecimento facial e os “superalarmes”, que inibem a ação de criminosos ao tocarem sons próximos a 100 decibéis.

Comments

  1. Fabrizio De Paulis
    15/11/2019

    Parabéns pela entrevista, Adriano!
    Sucesso sempre!

    1. admin
      21/11/2019

      Caro Fabrizio,
      Obrigado, grande abraço.

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